E isso ai galera eu vou falar de Battlefield 3 hoje.Animados?Então bora começar a ler:
Battlefield 3 dá sequência à consagrada franquia shooter da DICE, acrescentando à fórmula tradicional da série novas possibilidades estratégicas, bem como unidades inéditas e um tratamento gráfico diferenciado. Para dar vazão ao caos épico reinante no título, a desenvolvedora também acrescentou novos mapas, consideravelmente mais extensos do que os que se podia encontrar em títulos anteriores.
Uma das principais adições de BF 3 vem na forma de um modo campanha história completo e cheio de reviravoltas. Em uma das missões, por exemplo, os fuzileiros navais precisam abrir caminho através da cidade de Sulaymaniyah (Curdistão) — embora a história não fique restrita ao Oriente Médio, levando a guerra também para regiões urbanas dos EUA e da Europa. O clima bélico ainda ganha considerável upgrade com a adição de novos veículos, com destaque para o retorno dos caças.
Em relação às classes de jogo, a DICE manteve as mesmas quatro presentes em jogos anteriores da franquia. Entretanto, Battlefield 3 traz diversos bônus e equipamentos capazes de conferir especializações. Dessa forma, as quatro classes originais servem apenas como padrões iniciais, com diferenciações adicionadas posteriormente. Em outras palavras, mesmo que dois jogadores escolham a classe “Engenheiro”, um deles pode buscar bonificações de armas antiblindados, enquanto que o outro focaria no reparo de veículos.
BF 3 não é apenas caótico, mas também bastante realista. Por trás de uma destruição sem precedentes dos elementos que forma o cenário, surge uma nova versão da engine Frostbite — convenientemente chamada de Frostbite 2. Já as animações representam a parte da EA no desenvolvimento, que disponibilizou a tecnologia utilizada nos jogos da série FIFA para a construção dos personagens.
Battlefield 3 tem uma missão bem simples no campo de batalha da indústria dos video games: sacudir o trono de Call of Duty. Para isso, a Electronic Arts, responsável pela série, decidiu investir intensamente no game, promovendo o título com campanhas publicitárias milionárias e prometendo uma experiência fiel à realidade.
Finalmente, o Dia D está aqui. Após quase seis anos desde a última sequência principal da série, Battlefield 3 aterrissa trazendo toda a essência que consagrou a franquia e, obviamente, muitas novidades. Nós nos empolgamos com a Beta e não perdemos tempo quando o jogo chegou às nossas mãos. Sendo assim, agora, chega a hora do veredicto: será que? Battlefield 3 realmente está pronto para essa guerra?Antes de partirmos para o tiroteio, vale a pena mencionar um dos reforços de Battlefield 3: o modo campanha. Sem dúvidas, quem é fã de longa data sabe que Battlefield é uma franquia fundamentada no multiplayer. Entretanto, para se adaptar às condições atuais, a DICE, responsável pelo desenvolvimento, resolveu adicionar um modo single player ao título.
Anteriormente, vimos isso acontecendo em Battlefield: Bad Company 1 e 2, em um tom bem-humorado — principalmente no primeiro game da série. Entretanto, aqui, a situação é muito mais séria, mostrando que a EA definitivamente não está para brincadeiras.
Desta vez, você encarna Henry “Black” Blackburn, um membro da U.S. Marine Corps 1st Reconnaissance Battalion. O personagem aparece sendo interrogado para que revele tudo o que sabe sobre os acontecimentos que vêm devastando todo o mundo. Boa parte de tudo isso acontece graças aos planos de um sociopata que utiliza bombas atômicas para acalmar seus inimigos.
No decorrer do game, o jogador confere vários momentos vividos por Blackburn, percebendo que, na realidade, o protagonista não é um cara tão limpo assim, como os próprios entrevistadores suspeitavam. Cabe a você descobrir quem realmente é o dono da verdade nessa guerra.
Mesmo que a trama seja relativamente fraca, é interessante notar como as cenas de corte são bem feitas, principalmente em questões de expressão facial e dublagem dos personagens. A trama, por si só, não se sustenta, mas esses e outros fatores definitivamente podem despertar a atenção do jogador.
Temos, sim, alguns momentos épicos durante a aventura, que é totalmente linear e dirigida de maneira cinematográfica. Vemos edifícios desabando em nossa frente, tiroteios em trens em movimento e muitas outras surpresas que parecem já terem sido vistas em outros títulos de outras franquias, mas nem por isso deixam de impressionar.
Em suma, Battlefield 3 apresenta uma campanha rasa, mas que, mesmo assim, consegue acertar o alvo algumas vezes. Mesmo que você não fique preso pela história ou até pelo ritmo de jogo, a campanha do título servirá, ao menos, para ampliar sua vontade de desfrutar do espetacular multiplayer do game, dando os toques básicos dos principais elementos do game, como o trabalho em equipe e o controle de alguns veículos.
Depois de terminar o single player, você pode aproveitar para aprimorar ainda mais suas habilidades no modo cooperativo, que oferece mais desafio, mesmo contando apenas com seis níveis de jogo. Aqui, você, ao lado de um amigo, participa de missões que até têm uma relação com a campanha, mas são mais breves — ao todo, o modo oferece três horas de jogo. Além de um treinamento mais adequado, o co-op também desbloqueia armas no multiplayer competivivo.
É provável que muitos jogadores que adquirirem Battlefield 3 nem cheguem a tocar na campanha ou no modo cooperativo. E, não se preocupe, pois nós não culparemos vocês por isso. O multiplayer da série Battlefield é um espetáculo, e, em Battlefield 3, todos os holofotes estão acesos. Temos uma das melhores experiências do gênero quando o assunto é jogatina online, providenciando, facilmente, centenas de horas de diversão.
Um dos motivos para isso é o resgate de elementos famosos da série Battlefield, mas que acabaram ficando de fora de Bad Company 1 e 2, ambos lançados na atual geração. Primeiramente, temos a volta dos aviões a jato, permitindo combates totalmente insanos e que incendeiam os céus do game, dando muito mais dinamicidade à experiência. Outro fator que também aprimora a estratégia do título é o retorno da possibilidade de deitar-se no chão (prone), algo que fez muita falta e, com certeza, faz muita diferença nos combates — principalmente para quem gosta da classe Sniper.
A progressão também é um dos fatores marcantes de Battlefield 3. Graças ao seu espetacular sistema de aprimoramento de classes, armas e veículos, o jogador acaba criando um vínculo extremamente forte com o game, já que temos diversas opções que são obtidas apenas após muito esforço e matança. Conforme você avança, são liberados emblemas, medalhas e também outros itens mais úteis, como acessórios para suas armas e para seus veículos.
Para isso, você precisa acumular muitos pontos. Felizmente, aqui os pontos não são obtidos apenas pelos seus assassinatos, mas também por praticamente cada ação sua que contribua para a evolução de seu time. Segurar bases, neutralizar bandeiras, reviver parceiros, servir como ponto de ressurgimento para os membros de seu esquadrão e fornecer kits de vida são apenas alguns dos meios para se alcançar o primeiro lugar no ranking do game.
Por falar em trabalho em equipe, ajudar seus companheiros e se comunicar com os membros de seu esquadrão é algo simplesmente essencial para o game. Aqui, você não deve agir sozinho, mas sim como um time. Cada equipe conta com vários esquadrões e o jogador deve selecionar um desses pequenos grupos e dedicar-se, principalmente, a eles.
Os principais modos de jogo no multiplayer de Battlefield 3 são Conquest, o clássico da série, no qual o jogador deve pegar e dominar as bandeiras ao lado de seus companheiros, e o Rush: o mesmo testado na versão Beta, que traz duplas de bases que devem ser destruídas por um time enquanto o outro tenta defender os ataques e o avanço. Temos também variações desses modos para esquadrões em vez de times, assim como uma opção Team Deathmatch.
Seja qual for a modalidade escolhida, você terá ao seu dispor um mapa de proporções ideais e que ainda oferece a chance de ser brutalmente modificado graças ao sistema de destruição providenciado pela Frostbite 2, a engine de Battlefield 3. Isso sem contar os veículos, que variam desde transportes terrestres leves até helicópteros e aviões a jatos, que fazem toda diferença no jogo e separam Battlefield 3 dos demais títulos do gênero.
Conforme prometido, Battlefield 3 traz gráficos excelentes. A Frostbite 2 impressiona por sua qualidade de iluminação, que consegue recriar com fidelidade muitos efeitos de luz, aumentando ainda mais a dramaticidade dos combates. Além das lanternas atrapalhando a vista dos jogadores, BF3 conta com diversas outras exibições da qualidade da iluminação, como o contraste do Sol com escuridão, que faz com que o jogador realmente sinta a troca de ambientes. Temos ainda diversos outros filtros que só contribuem para a fidelidade do game, assim como as animações nas cutscenes, que fazem deste um dos FPS mais belos dos consoles.
Bem, a campanha de BF3 é uma das melhores em relação aos outros jogos da série Battlefield, mas, claramente, deixa a desejar se a compararmos com os demais FPS, principalmente pelo fato de estarmos falando de um jogo com tanto potencial para inovação. A DICE simplesmente ignorou o fato de que os veículos são uma das principais características do game, removendo-os quase que completamente da campanha — você controla apenas alguns deles e nem ao menos chega a pilotar um avião, assumindo apenas o banco do copiloto.
Além disso, a liberdade de escolhas para ataque e defesa do modo multiplayer também não aparece na campanha. Simplesmente, parece que estamos jogando outro jogo — leia-se Call of Duty —, dispensando toda as características da série Battlefield que os fãs gostariam de encontrar em um modo para um só jogador. Em suma, a campanha não chega a ser ruim, mas, definitivamente, não pertence ao exército de Battlefield.
Curiosamente, Battlefield 3 consegue inverter um paradigma comum dos games. Aqui, temos uma campanha que é apenas um complemento do modo multiplayer, algo raro para a indústria. A mira foi ajustada e o disparo até foi dado corretamente, mas o alvo acertado definitivamente não era o certo.
Outro ponto frustrante é o fato de que o modo cooperativo conta apenas com seis missões, obrigando o jogador a repetir muitas delas várias vezes para obter as armas que são liberadas para o multiplayer. Quem quiser jogar com um amigo em casa, se sentirá frustrado, já que o jogo só oferece cooperativo online.
Por fim, temos gráficos que ainda apresentam problemas, como pop-ins e pernas atravessando paredes. A inteligência artifical também se comporta de maneira esquisita, às vezes ignorando completamente o jogador.
Battlefield 3 claramente utiliza sua campanha genérica apenas como trampolim para que os jogadores conheçam seu verdadeiro poder: o modo multiplayer. E, quando o assunto é jogatina online, é praticamente impossível não recomendar o game. Temos uma das experiências mais envolventes da história dos jogos, graças ao seu foco no trabalho em equipe e à extensa variedade de veículos e possibilidades.
Certamente, quem quiser jogar Battlefield 3 sozinho pode até se decepcionar. Mas, se você tiver condições de entrar no campo de batalha do modo multiplayer, então se prepare para permanecer horas e mais horas combatendo para ser recompensado com a medalha mais importante dos games: a diversão.
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